Metodologia

domingo, 9 de dezembro de 2012

REVOLUÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA PODE SER O TEMA DA REDAÇÃO DA UEPA 2012




Revolução técnico-científica e globalização[1]


Para entendermos o que é a Terceira Revolução Industrial, também conhecida como Revolução Técnico-Científica, temos de recordar o que foram a Primeira e a Segunda Revolução Industrial.

A Primeira Revolução Industrial foi aquela que se iniciou na segunda metade do século XVIII e prosseguiu até o fim do século XIX. Ela se originou no Reino Unido e depois se espalhou por outros países e regiões do globo. Seu principal símbolo foi a máquina a vapor, e as indústrias mais importantes eram as têxteis (fabricação de tecidos). O carvão representava a principal fonte de energia dessa época e o Reino Unido era a grande potência mundial, o primeiro e grande exemplo de industrialização do século XVIII e durante a maioria do século XIX.

A mão de obra dessa fase era formada por trabalhadores que não eram especializados e muito menos qualificados, normalmente camponeses que abandonavam o meio rural e iam residir nas cidades. Eles trabalhavam em média catorze horas por dia, inclusive sábados.

A Segunda Revolução Industrial, que se estendeu do fim do século XIX até o fim do século XX, foi simbolizada pelo automóvel. A principal fonte de energia era o petróleo e as indústrias de vanguarda eram a automobilística , a petroquímica, a mecânica e a siderúrgica. O líder da Segunda Revolução Industrial, o país que mais avançou nessa fase e serviu de exemplo para os demais foram os Estados Unidos, a maior economia do mundo durante todo o século XX.

A força de trabalho desse período era em geral especializada com cursos técnicos de torneiro mecânico, ferramenteiro, arquivista, técnico de contabilidade, soldador, pintor industrial, etc. Trabalhava-se normalmente oito horas por dia e apenas quatro horas aos sábados, algo que foi abolido em muitos países, nas últimas décadas do século XX.



A Terceira Revolução Industrial, que se encontra em andamento e deverá atingir o seu maior desenvolvimento no transporte do século XXI, iniciou-se no final dos anos 1970. Ela é marcada pela utilização, gradativa, além do petróleo, de outras fontes de energia e por novos setores de vanguarda: a informática, a robótica, a biotecnologia, as telecomunicações, a microeletrônica e outras.

No tocante à força de trabalho, importantes mudanças estão ocorrendo com essa nova revolução industrial: tanto a mão de obra barata quanto a especializada em nível médio (aquela da Segunda Revolução Industrial) vão se tornando obsoletas ou superadas. A mão de obra mais exigida atualmente é a qualificada e flexível, que se renova ou se aprimora constantemente, de preferência com elevada escolaridade. O mais importante agora para o trabalhador não é a força muscular ou o trabalho técnico repetitivo. O mais importante é a criatividade, a flexibilidade (conseguir se adaptar a situações novas), a capacidade de raciocínio e de saber se integrar no grupo, na equipe, na comunidade.

Qual é o símbolo dessa nova revolução? Muitos argumentam que é o computador, outros afirmam que é o robô e outros ainda dizem que será a clonagem, a fabricação em laboratórios de seres vivos (talvez até de seres humanos) que poderão ter o código genético alterado, adquirindo estas ou aquelas características.



Vivemos atualmente uma fase de transição entre a Segunda e a Terceira Revolução Industrial. Esta última já é dominante no plano global, pois prevalece nas economias mais ricas e industrializadas, mas ainda não atingiu o seu apogeu ou fase de maior desenvolvimento. E a Segunda Revolução Industrial ainda prevalece nas economias intermediárias, como as do Brasil, da Argentina ou do México, e ainda não se desenvolveu em boa parte do mundo: na África em geral, no sudoeste e no sul da Ásia, e na América Central. Mas, as consequências da revolução técnico-científica já se fazem sentir em todo o mundo: o aumento do desemprego, pela substituição maciça de mão de obra não qualificada por robôs ou por máquinas: a informatização de quase todos os setores, com a introdução de computadores que funcionam isoladamente ou conectados a redes; a expansão da agropecuária baseada na biotecnologia, que produz gêneros agrícolas ou criações geneticamente modificadas, etc.

A globalização - ou mundialização, segundo alguns - consiste na crescente interligação ou interdependência entre todas as economias ou povos do planeta. O mercado internacional se torna cada vez mais importante, superando os mercados nacionais.

O sistema financeiro internacional, pela primeira vez na história, movimenta trilhões de dólares a cada semana com investimentos internacionais: norte-americanos compram ações da Bolsa de Tóquio; japoneses investem na Bolsa de Frankfurt ou de Nova York; europeus compram ações de empresas norte-americanas ou japonesas; etc.

O número de empresas multinacionais - que possuem estabelecimentos em inúmeros países, às vezes no mundo todo - multiplica-se a cada ano. O comércio internacional, desde os anos 1980, cresce mais que a produção econômica mundial, o que significa que as economias nacionais estão cada vez mais interligadas. O turismo internacional também cresce a cada ano, sendo hoje uma das principais atividades econômicas do globo.





[1] Referência: VESENTINI, J. William ; VLACH, Vânia. Geografia Crítica 9º ano. 4ª edição. São Paulo: 2010.


Veja também o vídeo abaixo com o título "O Capitalismo e as consequências sociais da revolução técnico-científica"


UEPA REALIZA SUA REDAÇÃO NA 3ª ETAPA DO PROSEL 2012



A realização 3ª etapa do Processo Seletivo - PROSEL para a Universidade do Estado do Pará – UEPA (EDITAL N° 73/2012) está marcado para o próximo domingo 16 de dezembro de 2012. Neste dia haverá a conhecida redação da UEPA, sempre com proposta bastante criativa e desafiante.

Como se sabe a UEPA na coletânea de textos da 1ª e 2ª fase de 2012 já apresentou algumas nuances de como pode exigir a redação do dia 16 de dezembro. 

Ao que tudo indica o tema estará em torno da “Revolução Técno-Científica” ou 3ª Revolução Industrial. Veja no blog do CREATUS textos e orientações sobre esse tema.



Abaixo conheça as principais orientações para esta 3ª fase do PROSEL UEPA.

a) O candidato realizará a prova no dia 16 de dezembro de 2012, das 8 às 13 horas;
b) A elaboração da prova terá como parâmetro os conteúdos programáticos oficiais da 3ª
série do Ensino Médio;
c) A 3ª Etapa constará de uma prova de Redação, valendo 30 (trinta) pontos e de 54
(cinqüenta e quatro) questões objetivas de conhecimentos gerais, valendo 1 (um) ponto
cada, a partir de conteúdos das disciplinas: Língua Portuguesa, Literatura Brasileira e
Portuguesa, História, Geografia, Matemática, Física, Química, Biologia e Língua
Estrangeira (Inglês, Francês ou Espanhol). A pontuação total desta etapa é de 84 pontos.

A prova de Redação, de caráter eliminatório, deverá ser manuscrita, com letra legível, obrigatoriamente com caneta esferográfica de tinta azul ou preta. Não poderá ser assinada, rubricada ou conter qualquer palavra ou marca/sinal que a identifique, em outro local que não seja o espaço destinado para tal, sob pena de ser anulada. Caso o candidato produza sua Redação utilizando letra de forma, deverá distinguir claramente as letras maiúsculas das minúsculas.

Caso em que a diferença entre a nota na prova de redação atribuída por cada um dos corretores for superior a 20% (vinte) dos pontos máximos possíveis, esta retorna para uma terceira correção, que será feita pelos professores Supervisores da Banca Corretora. (...) Caso a diferença entre as notas do 1° e do 2° corretores sejam igual ou inferior a 20% (Redação) do total máximo de pontos, será calculada a média, e essa passa a ser a nota do candidato.

Na correção da Redação, serão considerados os seguintes itens:
1. Adequação ao tema Adequação a coletânea de textos
2. Adequação ao tipo de texto
3.Utilização adequada da norma padrão
4. Coesão
5. Coerência
6. Cada item valendo 5 (cinco) pontos cada critério, totalizando 30 (trinta) pontos.

Será atribuída nota zero à prova de Redação, ao candidato que:
identificar a folha destinada à sua produção textual e respostas;
desenvolver o texto em forma de versos;
desenvolver o texto em forma não articulada verbalmente (apenas com números, desenhos, palavras soltas);
fugir da temática indicada ou sugerida na prova;
escrever de forma ilegível ou a lápis.